Estudo de destinação do lixo é realizado em Chapecó
Chapecó – “Tudo vai ser separado, pesado e demarcado de onde cada carga veio”, explica o presidente da Associação e Cooperativa São Francisco do bairro Efapi, Claudiomiro Pereira da Silva. Essa será uma das ações práticas após o estudo de destinação de resíduos sólidos do município.
Este estudo visa apontar a quantidade e a qualidade do lixo produzido em Chapecó, que será dividido em três categorias: reciclável, rejeitado e orgânico. Na tarde desta segunda-feira (12) a Associação recebeu o primeiro recarregamento de lixo considerado “reciclável”, dos bairros Maria Goretti e Universitário.
Segundo o presidente da Associação, os maiores beneficiados serão os próprios catadores. “Os maiores interessados somos nós, catadores, pois é de onde vem o nosso sustento. Mostrar a sociedade o que realmente está sendo aproveitado e o que não está”, ressalta.
Rejeitados
Entre os itens considerados de rejeito estão: roupas, calçados, brinquedos, isopor, equipamentos eletrônicos, pacote de salgadinho, vidros, entre outros. Pois, conforme Silva, não existe valor de venda. “Se o município investisse mais, o que a gente chama de ‘rejeitado’ poderia ser usado para alguma coisa. Eu fiquei sabendo também pode ser aproveitado para fazer paver (peças pré-moldadas usadas em calçadas). Para tudo se dá um jeito, basta o município investir.”, salienta.
Orgânicos
A Associação também visa o aproveitamento do lixo orgânico através de uma horta comunitária. Este lixo irá virar composto e nutriente para salada, verduras e plantas medicinais.
Investimento
A Associação foi fundada em maio de 2012 e hoje conta com 17 associados, o que acaba envolvendo cerca de 14 famílias. Tudo que é rentável é vendido e dividido igualmente entre todos os sócios. Entretanto, as dificuldades são grandes para manutenção da entidade. Uma ajuda do poder público poderia ajudar a resolver esse problema. “Pelo menos mil reais para os custos da Associação seriam de grande ajuda, mas agora temos que esperar as eleições para que alguma verba chegue até nós”, declara.
Fonte: http://redecomsc.com.br/portal/noticias/geral/Um_novo_olhar_para_o_lixo__13294